SAÚDE
Vacinação

O Samoieda é um cão muito resistente, que vivia em um habitat rígido, inóspito. Não possui predisposição a enfermidades, mas mesmo assim é preciso que vacine-o anualmente, desverminando-o a cada 04 meses e faça-se um controle de parasitas externos além da escovação freqüente.

Com 21 dias após a última dose de vacina, ou do reforço anual, é que os animais estão realmente protegidos, por isso, durante esse período: não lhe dê banho nem o leve para passear em locais onde circulem cães desconhecidos. Importante saber, que nunca deve-se colocar um cachorro que ainda não tem todas as vacinas, no chão de uma clínica veterinária e sempre use vacinas importadas (Pfizer).

Doenças Básicas

Atualmente existem vacinas para ajudar a evitar muitas doenças fatais em cães - e antibióticos para tratar algumas doenças. Com um protocolo adequado de vacinas preventivas, seu Samoieda muito provavelmente nunca sofrerá de nenhuma das doenças citadas abaixo, mas as descrevemos apenas por precaução.

Sempre use vacinas importadas, e siga o protocolo de vacinas orientado por veterinário credenciado.

Tosse Canina - Esta é uma infecção respiratória onde muitos cães são mantidos juntos. A infecção faz com que a traquéia, a laringe e os brônquios fiquem inflamados. A bactéria Bordetella bronchiseptica, quando infecta um cão, desenvolverá uma tosse de branda a grave, certas vezes com um nariz com corrimento, de cinco a dez dias após a exposição. Deve ser tratada com antibióticos e repouso. A prevenção é a escolha mais sensata. Se o seu cão for ter contato com muitos outros cães, certifique-se de que ele está protegido contra a Bordetella. Uma vacina líquida administrada através do nariz do cão combinada com uma injeção para o vírus parainfluenza canino.

Bordetella Bronchiseptica


Corona Vírus - Doença branda, o coronavírus é disseminado quando um cão entra em contato com as fezes ou outras excreções de outros cães infectados. Embora dificilmente mate os cães, o coronavírus pode ser especialmente difícil em filhotes ou cães que não estejam no melhor de sua saúde. Os indícios do coronavírus são: depressão, falta de apetite ou vômito - especialmente se tiver sangue - e um período ruim de diarréia. Se as fezes estiverem com cheiro forte, particularmente se forem com sangue ou uma estranha coloração amarelo-laranja, também são sinais. Se o coronavírus for diagnosticado, o veterinário recomendará uma abundância de fluidos para substituir o que foi perdido pelo vômito e diarréia, bem como medicação para ajudar a manter o vômito e a diarréia no mínimo. Uma vacina contra o coronavírus normalmente é recomendada se o seu cão estiver encontrando muitos outros cães.

Corona Vírus

Cinomose - O índice de mortalidade em cães de cinomose é maior do que de outra doença infecciosa. Esse é um vírus altamente contagioso que se espalha pelo contato direto ou mesmo pelo ar. Um cão saudável pode até mesmo sobreviver à cinomose, normalmente com seqüelas. Porém, se o sistema imunológico de seu cão não tem resistência, todo seu organismo pode ser dominado pelo vírus, bem como bactérias oportunistas que se aproveitam para causar infecções secundárias.

A cinomose geralmente acontece em duas fases. Três a quinze dias após o contato com o vírus, o cão desenvolve uma febre, falta de apetite, não tem energia e seus olhos e nariz começam a gotejar. Depois de certo tempo, a descarga de seus olhos e nariz começa a ficar espessa, amarela e pegajosa - um clássico indício de cinomose. Se você não levou seu cachorro ao veterinário antes deste sintoma aparecer, você deve levá-lo agora. Outros sintomas do primeiro estágio da cinomose são: tosse seca, diarréia e bolhas de pus no estômago. A segunda fase da cinomose é ainda mais assustadora, pois a doença pode atingir e afetar o cérebro e até a espinha dorsal. Um cão nesta fase pode babar com freqüência, balançar sua cabeça ou agir como se estivesse com um gosto estranho na boca. Por vezes tem convulsões, fazendo com que ande em círculos, caia e golpeie o ar. Depois, parece confuso, se encolhendo frente às pessoas. Quando a doença chega a este estágio, não há muita esperança de vida.

Os cães que sobrevivem freqüentemente têm seqüelas neurológicas permanentes. O vírus também pode migrar para os pulmões, causando pneumonia, conjuntivite e canais nasais inflamadas (rinite); também, se espalhar para a pele, fazendo-a engrossar, especialmente na planta dos pés. A cinomose tem mais probabilidade de infectar cães filhotes de nove a doze semanas, notadamente se vierem de um local com muitos outros cães. Se seu cão foi diagnosticado como portador, seu veterinário lhe dará fluidos intravenosos para substituir o que ele perdeu, medicamentos para controlar a diarréia e o vômito e antibióticos para combater infecções secundárias.

Vírus da Cinomose


Hepatite Infecciosa Canina - Essa é uma enfermidade viral espalhada por contato. Os casos mais brandos duram de um a dois dias, com sintomas de febre leve e tendo baixa contagem de células sanguíneas brancas. Filhotes, de duas a seis semanas de idade, podem sofrer de uma forma da doença que surge rapidamente. Causa febre, as amídalas ficam inchadas e seus estômagos doem. Rapidamente eles podem entrar em choque e até mesmo morrer. O ataque é rápido e inesperado: o cão pode estar bem em um dia e de repente entrar em choque. O formato mais comum de hepatite infecciosa ocorre em filhotes quando têm de seis a dez semanas. Mostram os sinais usuais de febre, falta de energia e amídalas inchadas. Um filhote cujo sistema imunológico responde bem começa a se recuperar de quatro à sete dias. Em casos graves, o vírus ataca as paredes dos vasos sangüíneos e o cão começa a ter hemorragia pela boca, nariz, reto e aparelho urinário. Se o cão estiver com hepatite infecciosa, irá precisar de fluidos intravenosos, antibióticos e até mesmo precisar de uma transfusão de sangue.


Hepatite


Leptospirose - Esta bactéria provoca uma doença que é ocasionada por um espiroqueta, que é um tipo de bactéria com uma forma espiral estreita. O espiroqueta da leptospirose é passado através da urina de animais infectados e entra no corpo do cão através de uma lesão aberta em sua pele ou mesmo quando ele come ou bebe algo contaminado pela urina infecciosa (rato). Os sinais da leptospirose não são agradáveis. Inicialmente os sintomas incluem febre, depressão, letargia e perda de apetite. A doença ataca os rins, portanto um cão infectado pode andar todo retorcido, pois seus rins doem. A medida que a infecção avança, surgem úlceras em sua boca e língua, além de sua língua ficar com uma cobertura marrom espessa. Sente dores ao comer porque sua boca está cheia de lesões e pode até mesmo estar sangrando. Suas fezes possuem sangue, além de muita sede, por isso ingere muita água. Além de tudo isso, ele provavelmente estará vomitando e com muita diarréia.
O tratamento da leptospirose requer hospitalização devido a algumas coisas. Primeiro, além de precisar de antibióticos e outros medicamentos para controlar o vômito e a diarréia, um cão com sintomas avançados terá perdido muito fluido e precisará ser hidratado. Segundo, a leptospirose é uma zoonose, o que significa que pode contaminar as pessoas. Os cães com leptospirose devem ser manipulados cuidadosamente por até um ano.


Leptospirose


Parvovirose - Uma doença extremamente contagiosa, pode se espalhar através das patas, pêlo, saliva e fezes de um cão infectado. Os filhotes com menos de cinco meses são notadamente atingidos de forma dura pela parvovirose, com mais chances de morrer. Os sinais começam a surgir de três a quatorze dias após um cão ter tido contato com ela. A parvovirose pode assumir duas formas: a mais comum é caracterizada por diarréia aguda, e a outra forma rara, por lesão ao músculo cardíaco.


Vírus da Parvovirose


Um cão com parvovirose é literalmente doente. Se a doença chegar a seus intestinos, ele ficará gravemente deprimido, com vômito, dor abdominal, febre alta, diarréia hemorrágica e falta de apetite. Poucas doenças causam essa ampla variedade de sintomas graves. Quando a parvo chega ao coração, os filhotes param de se alimentar e têm problemas em respirar. Normalmente eles morrem rapidamente, mas até mesmo quando se recuperam estão propensos a ter falha cardíaca congestiva, o que normalmente os mata.

Existem vacinas disponíveis contra a parvo, mas entre seis semanas e cinco meses, os filhotes estão especialmente vulneráveis à enfermidade, mesmo se foram vacinados. A razão é complexa. No nascimento, os filhotes obtêm suas imunidades passivamente, através do leite da mãe. Quaisquer que sejam as doenças que a mãe tenha tido ou contra as quais tenha sido vacinada, os filhotes obtêm proteção também. O efeito desses anticorpos maternais desvanece após o desmame mais ainda pode ser forte o suficiente para interferir com a ação da vacina contra parvovirose. Com nenhum tipo de proteção em plena força, o vírus consegue passar. Ainda assim, isso não significa que você deve deixar de vacinar um filhote contra a parvo. O vírus é difícil de matar. O vírus pode durar de semanas a meses no ambiente. Se o seu cão teve parvo, desinfete completamente tudo, usando uma parte de alvejante de cloro misturado com 30 partes de água.

Raiva - Conhecida por milhares de anos a raiva é mencionada nas tábuas legais da Mesopotâmia e nos escritos de Aristóteles e Xenofonte. Algumas áreas do mundo - especialmente a Austrália, Grã-Bretanha, Islândia, Japão e nações escandinavas - governaram para o extermínio da raiva através de quarentenas em animais que chegavam, mas ela é encontrada em qualquer lugar do mundo.


Raiva


O vírus ingressa no corpo através de uma ferida, normalmente na saliva deixada durante uma mordida. Ela pode infectar e matar qualquer animal de sangue quente, incluindo seres humanos. Dependendo do país, os animais mais propensos a transmitir a raiva são guaxinins, gambás, morcegos e raposas. No ano de 2004, de um total de 6.844 casos relatados de raiva, 94 casos foram relatados em cães.

A raiva possui duas formas. Uma é descrita como furiosa e a sua outra é chamada de paralítica. A raiva paralítica normalmente é o estágio final, com morte no final. Um cão no estágio furioso da raiva, que pode durar de um a sete dias, atravessa vários comportamentos, podendo ficar agitado ou nervoso, e sensível à luz e ao toque. Sua respiração torna-se ofegante e rápida, fazendo-o espumar pela boca. Outro sinal da raiva é a "mudança de personalidade". Conforme o vírus da raiva faz o seu estrago no sistema nervoso central, o cão tem dificuldade para andar e se movimentar. Nunca tente se aproximar de um que esteja se comportando atipicamente. Seja extremamente cauteloso próximo de um cão que você saiba estar agindo estranhamente.
Como a raiva é fatal, os veterinários da saúde pública recomendam a eutanásia. Um cão que pareça saudável, mas tenha mordido alguém deve ser mantido isolado por dez dias para ver se os sinais de raiva se desenvolvem. Um cão não-vacinado que tenha sido exposto à raiva deve ser submetido à eutanásia ou estritamente confinado por seis meses, recebendo uma vacina contra raiva um mês antes de ser liberado da quarentena. Se um cão vacinado for exposto à raiva, ele deve receber uma dose de reforço imediatamente, ser confinado e observado atentamente por 90 dias. Infelizmente, a única forma infalível de confirmar se um cão tem raiva é examinar seu cérebro (especificamente, o tecido de seu sistema nervoso central) - o que significa que o cão não pode estar vivo.

A raiva é uma doença séria. Para proteger seu cão da raiva, você deve vaciná-lo aos três meses, novamente um ano depois e então a cada três anos. Se você foi mordido por um animal com raiva - ou por um animal que você não pode confirmar com certeza que não tenha raiva - limpe imediatamente a ferida da mordida com sabão e água. Então ligue para seu médico em busca de ajuda.


CÃO COM SALIVAMENTO ABUNDANTE (SINTOMAS DE RAIVA)
Golpes de Calor - O verão pode ser perigoso. Brincar ou exercitar um cão em temperaturas elevadas pode ser fatal para estes animais. A prevenção é a melhor forma de proteger o seu animal de estimação. Leve em conta, sempre, possíveis riscos, faça o seu melhor para reduzi-los ou eliminá-los. Mantenha os animais frescos e calmos na parte mais quente do dia. Ajude o seu animal a manter-se saudável seguindo estes conselhos simples:

Qualquer animal pode sofrer um golpe de calor. Contudo, são particularmente susceptíveis:
• Os animais muito jovens ou muito velhos.
• Animais com história pregressa de golpes de calor.
• Animais com focinho achatado.
• Animais com excesso de peso.
• Animais com problemas cardiovasculares ou respiratórios.

Para prevenir um golpe de calor:
• Mantenha sempre disponível água limpa e fresca.
• Quando o animal é mantido num canil ou num recinto fechado deve certificar-se de que há ventilação e circulação do ar adequada.
• Quando estão fora de casa, deve assegurar-se que têm locais com sombra onde se possam refugiar.
• Evite que o seu animal de estimação faça exercício excessivo nas horas de maior calor.
• NUNCA deixe o seu animal de estimação fechado num carro estacionado.
Alguns sinais de golpe de calor são: respiração ofegante e salivação, olhar arregalado ou ansioso, não responder às suas ordens, pele seca e muito quente, febre alta, batimento cardíaco acelerado, fadiga e fraqueza muscular.
Caso o cão venha a sofrer um golpe de calor, tente reduzir a temperatura imergindo-o gradualmente em água fria. Depois leve o seu cão de estimação imediatamente ao veterinário.

Leishmaniose - Esta doença é transmitida por um mosquito e pode ser fatal. Em algumas áreas é recomendada a prevenção durante todo o ano.
Phlebotomus


Distribuição da doença no mundo: A Leishmaniose ou Calazar persiste até hoje em locais muito pobres, remotos, e às vezes politicamente instáveis, onde é muito difícil levar assistência médica. Os pacientes têm pouco acesso a medicamentos a preços acessíveis e a medidas preventivas. A doença é endêmica em 88 nações, onde 350 milhões de habitantes estão sob risco de infecção. Quase todos os 500 mil novos casos anuais provenientes de epidemias recorrentes, ocorrem nas áreas rurais do continente indiano (Índia, Nepal, Bangladesh), Brasil e Sudão.



Legenda mapa: Distribuição mundial de Calazar (leishmaniose visceral), 1997.

Ciclo da Leishmaniose - O inseto transmissor pertence ao gênero Lutzomyia, nas Américas, e Phlebotomus, no restante do mundo. Durante o repasto sangüíneo a fêmea do flebotomíneo ingere macrófagos parasitados por leishmanias que, no intestino do mosquito, seguem o ciclo necessário para o seu desenvolvimento. Posteriormente ocorre a contaminação de seres humanos e animais pela picada do mosquito infectado.


Parasita Leishmania


Pulgas e Carrapatos - Esteja atento a sinais de parasitas que existem particularmente no tempo mais quente. Converse com o seu veterinário sobre os vários métodos de prevenção de pulgas e carrapatos e o seu tratamento. Certifique-se de que o produto utilizado é adequado e seguro para o seu animal. Caso ocorra uma infestação por pulgas deve-se promover o controle do parasita no animal e nos locais por ele ocupados. Se notar um problema de pulgas em sua casa, certifique-se, por exemplo, de mudar o saco do aspirador todas as vezes que o usá-lo. Poderá ser necessário adquirir produtos especiais para se ver livre das pulgas. Alguns carrapatos podem transmitir doenças, como por exemplo, a Erliquiose e Babesiose. Qualquer carrapato que encontre no seu animal deve ser pronto e completamente removido. Use uma pinça junto a pele do seu animal de estimação e, com cuidado, retire o carrapato assegurando-se de retirar completamente a cabeça e a parte junto à boca. Peça ao seu veterinário que lhe mostre o modo correto de remoção dos carrapatos.


Carrapato


Ovos de Carrapato


Displasia - A displasia coxo-femural é uma doença hereditária, uma alteração física ou má formação nas articulações, com maior incidência nas ligações entre a bacia e os membros traseiros, chamadas de coxo-femurais. Pode acometer cães de todas as raças, mas principalmente raças grandes. Dependendo do grau, causa incômodo, dor ou até problemas graves de locomoção. Quando a fêmea tem displasia, as chances do filhote possuir são grandes, para que a doença não se agrave, deve-se tomar alguns cuidados como evitar pisos lisos. Até os três meses de idade, é recomendável praticar exercícios moderados com a finalidade de fortalecer a musculatura da pélvis, única estrutura de tecidos moles que pode ser fortalecida. Quando já crescidos, deve-se evitar a obesidade e exercícios em demasia, como exercitar seu cão andando de bicicleta, obrigando-o a segui-lo. Um modo de se evitar que os reprodutores transmitam esta enfermidade aos filhotes, é diagnosticar todos os exemplares através de radiografias e evitar o acasalamento dos afetados. Um cachorro que tem displasia coxo-femural pode viver uma vida normal, se a mesma for branda, mas não deve ser utilizado para acasalamento ou reprodução. Mesmo se um filhote é normal, e seus pais são doentes, não se deve usá-lo para reprodução, pois seus filhos podem adquirir a doença.


Classificação da Displasia Coxofemural
Grau Descrição Reprodução
HD Sem sinais de displasia Apto à reprodução
HD+/ Articulações coxofemurais próximas do normal Apto à reprodução
HD+ Displasia Coxofemural de grau leve Ainda Permitido
HD++ Displasia Coxofemural de grau moderado Não apto à reprodução
HD+++ Displasia coxofemural de grau severo Não apto à reprodução


Brucelose Canina - Brucelose é uma enfermidade da área reprodutiva que pode provocar além de aborto em fêmeas, infecção dos órgãos sexuais em machos e infertilidade em ambos.

É causada por uma bactéria da qual há vários tipos diferentes e que infectam porcos, cabras, cavalos, ovelhas ou cães.

Embora houvesse registros de incidências isoladas de cães que ficam contaminados pelo contato com o gado infetado com uma outra espécie de bactéria, o nome da bactéria que especificamente infeta os cães é chamada de Brucella canis.

O contagio é através da relação com o sêmen ou descarga vaginal de um macho ou fêmea infectados (durante o acasalamento), por contato com secreções mamárias e filhotes abortados, e também pode ser através do contato com urina ou outras secreções.

Em condições de canil em ambiente fechado, pode ser transmitida até mesmo via aérea. Pode ser contagiosa aos humanos, em quem causa sintomas como os da gripe.

Sintomas da Brucelose Canina

Fêmeas: Aborto, entre 45 e 55 dias depois de cruzar, ninhadas com alguns filhotes mortos ou morrendo logo após o nascimento, e em outros casos, morrem na fase de embrião e são reabsorvidos, em tais casos pode até parecer que a cadela não engravidou.

Machos: Inflamação do epidídimo, testículos e/ou de próstata (conduzindo a atrofia de testículos), infertilidade devido ao esperma anormal e relutância para cruzar devido a dor ocasionada por inflamação dos órgãos reprodutivos. Machos também podem causar lesões lambendo a área dolorida.

Ambos os sexos: Nódulos linfáticos inchados. Em alguns casos podem mostrar sinais não-específicos de saúde deficiente. Em algumas situações raras a enfermidade causa danos para os rins e para o sistema nervoso.

Portanto, o aspecto mais perigoso da doença, seja a discrição talvez; os sintomas acima nem sempre são vistos - em muitos casos um cão infectado pode não ter nenhum sinal externo. Cadelas infectadas terão ciclos de cio normais e acasalar normalmente, e em muitos casos uma cadela infectada com Brucelose, depois de abortar uma ninhada toda, pode conceber e dar cria de uma outra ninhada viva subseqüente. O problema nisto é que ela pode infectar qualquer macho com que ela é cruzada, e os filhotes dela serão prováveis portadores da doença e irão infectar outros cães assim por diante.

A estimativa dos peritos é que até 6% da população canina estão infectados, pois a fonte principal são cães perdidos que transitam em grandes centros.

Não há nenhuma vacina, e o tratamento que normalmente consiste na administração prolongada de Tetraciclina e Streptomicina pode não ter efeito. A única prevenção é ter todo o plantel testado antes de cruzar.

Um cão que teve um teste positivo para Brucelose não deveria ser acasalado. Trazer um animal infetado para um programa de procriação pode destruir anos de trabalho para estabelecer uma linha de sangue.

A doença é transmitida a um ser humano que teve contato inadequado com filhotes abortados. Por isto, se a pessoa tiver uma cadela que aborta ou tem filhotes natimortos, os filhotes mortos, membranas, placentas, etc. devem ser manipulados com luvas e a área deve ser desinfetada completamente. A cadela deve ser testada o mais cedo possível para Brucelose para verificar se a doença foi a causa da ninhada de natimortos.

PROBLEMAS OFTALMOLÓGICOS

Os problemas de visão dos cães em geral exacerbam-se com a idade. Lesões causadas por objetos cortantes, dentadas e unhadas são uma constante na oftalmologia veterinária. A cirurgia corretiva das pálpebras em algumas raças é efetuada de forma rotineira. A evolução das ciências veterinárias tem ajudado muito a saúde dos nossos amigos. A maior parte dos problemas decorrentes da idade podem ser identificados através de acompanhamento regular no seu médico veterinário.

Glaucoma - O glaucoma é caracterizado por um aumento na pressão intra-ocular, devido a formação ou obstrução do ângulo de drenagem; bloqueio pupilar e luxação ou sub-luxação do cristalino. Estes fatores causam a não eliminação do humor aquoso (substância que preenche as câmaras oculares) resultando em aumento da pressão intra-ocular. Podendo, ainda, dividir-se em congênito, primário e secundário.


Olho com Glaucoma


A enfermidade manifesta-se por sinais clínicos, como edema de córnea, congestão de vasos oculares, midríase (dilatação da pupila), aumento da PIO e do globo ocular e dor.

A terapia tem o objetivo de diminuir a produção do humor aquoso ou mesmo aumentar sua drenagem, podendo ser clínica ou cirúrgica, não obstante a segunda opção não apresentar bons resultados. O prognóstico do glaucoma é bastante reservado, sendo o tratamento raramente curativo .

Cataratas - O que é uma catarata? É uma opacidade no cristalino. Pode ser desde pequena e não afetar a visão ou mesmo pode envolver toda o cristalino e provocar cegueira. A maioria das cataratas, possui caráter hereditário e manifestação bilateral. A catarata pode ser desencadeada por doenças como o diabetes e as uveítes, pelo contato com substâncias tóxicas e pela presença de tumores intra-oculares. Relativamente à idade do cão, a catarata pode ser classificada em congênita, juvenil, adulta ou senil. A congênita está presente por ocasião do nascimento. A juvenil ocorre em animais com menos de dois anos. A catarata dos adultos surge em cães com dois a seis anos. As cataratas senis desenvolvem-se em pacientes com idade avançada e são extremamente freqüentes nos cães. O único tratamento das cataratas é a remoção cirúrgica. A remoção da catarata é um procedimento cirúrgico muito delicado, podendo haver alguma diferença nos procedimentos de clínica para clínica, segundo técnica utilizada. Um exame oftalmológico completo é necessário de modo a se determinar se o cão é um bom candidato à cirurgia. Também é importante a realização de um electroretinograma para testar a função da retina. A administração de medicação deve ser iniciada alguns dias antes da cirurgia. A técnica cirúrgica de eleição é a facoemulsificação que consiste na utilização de vibrações por ultra-sons para liquefazer a catarata que é então aspirada do olho através de uma incisão mínima. Após a cirurgia, o paciente é mandado para casa sob observação. O sucesso da cirurgia é dependente do tratamento pós-cirúrgico. Para que a cirurgia da catarata seja bem sucedida, o resto do olho, exceto a lente, tem de estar saudável. Por vezes, a lente está tão opacificada, que não permite o exame direto da retina. O electroretinograma (ERG) é um teste eletrônico que permite testar a função da retina.


Olho com Cataratas


Dirofilariose - Os cães são infectados por parasitas que causam doenças graves. Estes podem instalar-se em vários órgãos, porém os mais comuns são os vermes gastrointestinais e o verme do coração (vulgo Dirofilariose). O parasita da Dirofilariose tem o nome, Dirofilaria Immitis, devido sua forma larvar que ingressa no organismo do cão quando este é picado por mosquitos que já picaram um hospedeiro infectado. Após cerca de 90 à 100 dias da infecção, a larva desenvolve-se e aloja-se na área entre o átrio direito e a veia cava do coração. Na fase adulta, o parasita alcança cerca de 30 cm de comprimento e, após 7 à 8 meses da infecção, já podemos encontrar microfilárias a circular no sangue.

Coração com Dirofilariose


Sintomas: Os principais são: tosse, falta de ar, emagrecimento, cor escura da língua, intolerância ao exercício e, quando a insuficiência cardíaca já se estabeleceu, pode ocorrer falência do fígado e dos rins, podendo até surgir aumento de volume abdominal e líquido nos pulmões. A tosse geralmente é crônica.

Diagnóstico: O diagnóstico feito é baseado nas informações obtidas junto ao proprietário, no exame clínico e nos exames complementares que detectam a presença de microfilárias na corrente sangüínea, na radiografia do tórax, no eletrocardiograma e no ecocardiograma, além de exames para análise da função dos rins e fígado nos estágios mais avançados. É importantíssimo salientar que o diagnóstico pode e deve ser feito com precisão e, uma vez o apresentando a doença, as formas de tratamento devem ser expostas. O tratamento pode ser dirigido à extinção dos vermes adultos (tratamento adulticida) e/ou das microfilárias (tratamento microfilaricida), associado ao tratamento sintomático da insuficiência cardíaca.

Para finalizar, podemos dizer que a melhor forma de tratar a Dirofilariose Canina é através da prevenção.